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Psicoterapia pais-mães com bebê(s): uma proposta preventiva e diferenciada


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Apesar dos muitos estudos dedicados aos estilos de interações pais-mães-bebê para o desenvolvimento global da criança nas últimas quatro décadas. Os profissionais da saúde e da educação parecem, na maior parte das vezes, não saber o que fazer ou para quem encaminhar quando os pais estão angustiados com a amamentação, o choro excessivo, a apatia ou a agitação do seu bebê..., ou quando o bebê manifesta comportamentos preocupantes ou difíceis de lidar. Do lado dos pais e das mães, costuma-se se silenciar quando os conflitos internos com a maternidade e paternidade se manifestam em forma de frustrações, medos, arrependimentos, sensibilidade em excesso, dificuldade em maternar ou paternar, tristeza, vontade de não amamentar, culpa, etc. Nessa história, muitas são as demandas de pais, mães e profissionais que cuidam de bebês no primeiro ano de vida. E muitas também são as tentativas de acalmar a angústia e aplacar as dores, que, na verdade, são contagiantes, consumindo promessas de respostas e soluções. Contudo, a boa intenção de sanar rapidamente o tormento não resolve a questão, que precisa de espaço e tempo para ser acolhida e trabalhada.

 Certamente, grande parte dos estudos destaca o potencial social do bebê e o seu papel ativo desde as primeiras interações com os pais e as mães, que provoca um turbilhão de emoções e sentimentos. No entanto, pouco se inclui o universo emocional dos pais e das mães e a complexidade desse momento do ciclo vital. Por vezes, no caso do atendimento psicológico, o foco no bebê pode obstaculizar as necessidades dos pais e das mães, que podem precisar de suporte psicológico para sustentarem esse momento sensível e ímpar em suas vidas.

 Afinal, com a chegada de um bebê a vida familiar necessariamente é transformada, o que exigirá do cuidador parental um esforço emocional, mental e físico intensos para adaptar-se a nova rotina e as necessidades do bebê. Nesse cenário, os impactos com a nova dinâmica familiar é sentida por todos, modificando inclusive as relações com o tempo e espaço. Se o bebê tem irmãos, irmãs, ele vivenciará experiências diferentes de outros bebês sem irmãos e irmãs.

 Na tentativa de acolher e cuidar da família como um todo, as consultas terapêuticas parentais têm implicações clínicas interessantes na medida em que é possível evidenciar seu potencial diagnóstico, preventivo, e terapêutico, de avaliações da qualidade da interação pais-mães com seu bebê.

 
 
 

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